De todos os aspectos positivos da Laver Cup, o lado negativo é a mentira.
Os organizadores, as emissoras e até mesmo a ATP mentem sempre que chamam o evento de torneio, quando na verdade não passa de uma exibição: os jogadores não ganham pontos no ranking e o sistema de inscrição é totalmente arbitrário.
O que Holger Rune pensa quando afirma que, para muitos de seus colegas, a Laver Cup é o evento favorito, acima até dos Grand Slams?
Uma declaração ensaiada, absurda e pouco profissional. Ele que vá vender essa narrativa para sua tia.
Outra inverdade: que as partidas contam como oficiais nos registros de confrontos diretos dos jogadores.
Em termos simples, sem exageros ou pretensões, a Laver Cup é um grande evento que traz um apelo real ao tênis.
Ela acontece em grandes estádios lotados porque Federer e companhia conseguem atrair grandes nomes. O formato, inspirado na Ryder Cup do golfe, oferece algo que o tênis estava perdendo: a competição por equipes.
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Ver jogadores da mesma equipe que passam o resto do ano competindo individualmente entre si é, obviamente, revigorante. Foi fascinante ver Nadal no banco dando conselhos a Federer e vice-versa. Ver um jogador compartilhar dicas táticas com o rival contra quem ele luta ferozmente durante toda a temporada é genial. Talvez veremos o mesmo com Alcaraz e Sinner no futuro. Será divertido demais.
Os momentos de humor também são apreciados, embora às vezes eles ultrapassem os limites. As pessoas que compram ingressos para uma exibição querem ver os jogadores competindo no seu melhor, não fazendo palhaçadas. Para ser justo, esta edição contou com um bom tênis, mas também houve momentos em que a Laver Cup parecia mais um circo do que um torneio de tênis de verdade — especialmente quando Kyrgios estava por perto.