NOVA YORK – Uma das fotos mais incríveis do ano no esporte, com Jasmine Paolini como protagonista, é uma das grandes histórias do US Open de 2025.
Quando o fotógrafo ítalo-australiano Ray Giubilo viu na tela de sua câmera o que havia capturado, ele nunca imaginou o enorme impacto que isso teria: “De repente, boom, boom, boom. As pessoas começaram a ver o que eu postei. Eu disse: uau. Isso é fantástico. Até agora, 1,3 milhão de pessoas viram a foto no meu Instagram, e meus seguidores passaram de 4.000 para 11.000!”
Giubilo contou à CLAY em Nova York como conseguiu tirar a foto que está dando o que falar.
“Eu estava concentrado em capturar expressões faciais. Eu me sentei ao lado do box dela porque é lá onde tudo acontece. Ela está sempre se comunicando com o box, seja quando está com raiva, frustrada, feliz ou animada. Ela estava do outro lado da quadra, então continuei fotografando, talvez algo acontecesse.”
“E algo aconteceu!”, lembrou ele com um sorriso.
O fotógrafo ítalo-australiano Ray Giubilo / SEBASTIÁN VARELA
Durante sua partida na primeira rodada em Nova York, Paolini tentou recuperar o equilíbrio após bater uma bola de forehand. Ela colocou sua raquete Yonex na frente do rosto. A imagem mostra como o logotipo da marca nas cordas se encaixa perfeitamente nos olhos e na boca da italiana: “É hilário, é uma foto engraçada. Se você olhar para ela, vai começar a rir, especialmente se pensar no Halloween. Parece mesmo uma abóbora. E a Jasmine adorou”.
Após sua vitória seguinte, Paolini surpreendeu Giubilo quando foi reconhecer seu trabalho impressionante.
“No final da partida, eu a vi correr em direção ao seu box, que estava atrás de mim. Pensei: tudo bem, ela vai comemorar com o treinador. Mas ela aproximou-se cada vez mais. Afastei a camera e ela sorriu para mim. Ela disse: ‘Grande foto! Depois, ela falou sobre isso na entrevista na quadra, e isso viralizou ainda mais”, disse o fotógrafo de 69 anos, com 31 coberturas do US Open.
“Talvez seja a foto do ano!”, disse Paolini rindo. “É uma foto fantástica. Você poderia passar a vida inteira tentando tirar uma foto assim e provavelmente não conseguiria”, disse o fotógrafo francês Antoine Couvercelle à CLAY.
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Giubilo tirou uma sequência de quatro fotos. A última foi a que viralizou. Ele mostrou a série para a CLAY em seu próprio computador na sala de imprensa do USTA Billie Jean King Tennis Center.
“Ainda bem que estou fzendo isso, porque na internet muitas pessoas estão contestando, dizendo que é IA ou montagem fotográfica. Eu tenho isso documentado”, explicou.
O fotógrafo freelancer, colaborador da Il Tennis Italiano, diz que teve “muita sorte”.
“As cordas são amarelas, a moldura é vermelha. Não dava para ver o rosto. Tudo o que se vê são os dois olhos nos dois círculos e a boca no triângulo, porque o logotipo estava de cabeça para baixo. Com uma raquete Wilson ou Head, isso não teria acontecido”, disse ele, rindo.
Ou talvez ele tenha recebido ajuda “do céu”. Giubilo prestou homenagem a Art Seitz, o lendário fotógrafo norte-americano que cobriu mais de 50 US Opens e faleceu na semana anterior.
“Art era um fotógrafo muito especial, costumava tirar fotos incríveis dos jogadores fora das quadras, únicas em seu gênero. Ele teria adorado esta foto que tirei. Talvez lá de cima ele tenha dito: ‘Vamos dar uma mão para ele’”.
Naturalmente, a foto já é candidata a prêmios de fotografia. Giubilo confirmou que a inscreverá em algumas competições: “A ITF realiza uma competição anual. Também vou inscrevê-la na AIPS. De todas essas, talvez eu ganhe uma. Mas nunca se sabe. Alguém pode tirar uma foto melhor. Sempre há alguém que tira uma foto melhor.”
