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“Devemos pedir desculpas por nos defendermos?” – O presidente da federação israelense de tênis responde ao boicote

Avi Peretz tennis israel
Avi Peretz, presidente de la Asociación de Tenis de Israel
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NOVA YORK – O presidente da Associação Israelense de Tênis (ITA) criticou aqueles que pedem que os israelenses sejam excluídos das competições internacionais.
“Israel fora do esporte? Por quê? Porque nos defendemos? Devemos pedir desculpas por nos defendermos?”, disse Avi Peretz em entrevista à CLAY, também publicada na RG Media.

Peretz está confiante de que as autoridades canadenses garantirão a segurança de sua delegação durante a partida da Copa Davis em Halifax, onde o Canadá receberá Israel nos dias 12 e 13 de setembro.

“Os canadenses querem nos ajudar e nos receber como esportistas, não como inimigos. Ouvi rumores sobre como poderia ser o clima, mas nosso foco é apenas o esporte. Confio que as autoridades canadenses irão manter a segurança deste evento. Não temos medo”, disse o dirigente.

Uma carta assinada por mais de 400 pessoas pediu à Tennis Canada e à ITF que cancelassem a partida do Grupo Mundial I. Entre os que assinaram estão o medalhista olímpico canadense Moh Ahmed, relatores especiais da ONU, acadêmicos e ex-atletas.

israel canada copa davis
A poster on the streets of Halifax opposing the Davis Cup tie between Canada and Israel.

O documento condena as ações de Israel em Gaza e na Cisjordânia, citando juristas e organizações de direitos humanos que descreveram a situação como genocídio contra o povo palestino: “Este é um momento crucial para a Tennis Canada promover a justiça social e ficar do lado certo da história.”

Dois dos três melhores jogadores do Canadá evitaram comentar sobre o assunto no US Open.

“Não tenho comentários a fazer sobre isso”, disse Denis Shapovalov em Nova York, acrescentando que não tinha conhecimento da carta.

Shapovalov, que nasceu em Tel Aviv, não enfrentará Israel na Copa Davis. Ele disse que a perspectiva de jogar contra o país onde nasceu não desperta nenhum sentimento especial. O canhoto pediu para não jogar pelo Canadá por motivos pessoais: “Foi uma temporada longa, tenho outros compromissos.”

“Só estou sabendo disso agora”, disse Gabriel Diallo, que liderará a equipe canadense em Halifax ao lado de Félix Auger-Aliassime.
A Tennis Canada emitiu uma declaração oficial: “Reconhecemos a situação complexa e difícil no Oriente Médio. Nosso objetivo continua sendo garantir uma competição justa, segura e profissional para todos os atletas, funcionários, voluntários e público.”

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A ITF também respondeu às demandas: “Reconhecemos que esta é uma situação extremamente complexa que vai muito além do esporte. No entanto, Israel não foi excluído de competições internacionais nem suspenso pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).”

Entrevista com Avi Peretz, presidente da ITA

Como você se sente e reage a essa situação, como líder do tênis israelense, após a carta assinada por mais de quatrocentas pessoas exigindo que a Tennis Canada e a ITF cancelem a partida contra Israel em Halifax?

– Não reajo. Somos esportistas, não políticos. Viemos para jogar tênis e será uma série incrível. Espero que não falemos sobre política no mundo ou em Israel. Não vamos falar nada, nem eu, nem nosso capitão, nem nossos jogadores. Estamos treinando e jogando. Tenho muitos amigos na Federação Canadense de Tênis. Eles querem nos ajudar e nos receber como esportistas, não como inimigos. Ouvi rumores sobre o clima, mas só me preocupo com o esporte. Deixo os políticos fazerem o trabalho deles.

Dados os rumores sobre o clima, você solicitou medidas de segurança mais rigorosas para sua delegação?

– Não. Confio nas autoridades canadenses para manter a segurança do evento. Não temos medo. Viemos para jogar e dar o nosso melhor. Isso é esporte. Não olhamos para a torcida e não reagimos. Vamos nos comunicar apenas com as raquetes.

Você tem mantido contato direto com a Tennis Canada? O que eles lhe disseram sobre a situação em torno da próxima partida?

– Prefiro manter os detalhes da nossa conversa entre nós. Espero que as coisas permaneçam calmas. Espero que nossa região tenha paz e um cessar-fogo, e que as pessoas sequestradas voltem para casa em breve. Esse é o nosso objetivo em Israel, que as pessoas sequestradas voltem, e todos desejam que a guerra termine logo.

 

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Você conversou com a ITF sobre esse assunto?

– Não.

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O que você pensa quando as pessoas dizem que Israel deveria ser banido do esporte por causa da guerra em Gaza?

– Por quê? Por estarmos nos defendendo? Devemos pedir desculpas por nos defendermos? Nos últimos vinte anos, as pessoas no sul de Israel têm sofrido com bombardeios. No dia 7 de outubro, eles vieram, estupraram, mataram, massacraram e queimaram muitas pessoas. Acho que as pessoas em Gaza também estão sofrendo com o Hamas. Toda a região sofre com o Hamas, no Líbano, no Irã e no Iêmen. Se o Hamas não tivesse feito o que fez no dia 7 de outubro, a situação na região seria diferente. A culpa é do Hamas, não das Forças de Defesa de Israel, não de Israel, não do povo palestino. Eles também estão sofrendo com o Hamas. Nós enviamos alimentos e tudo mais, e o Hamas fica com tudo para fazer negócios. Não precisamos pedir desculpas por nada, porque estamos nos defendendo.

O que pode ser feito no tênis para contribuir para a paz?

– Não é só o tênis. Todos os esportes deveriam ficar fora da política. Mas o esporte não é tão importante agora. O mais importante é que nossas pessoas sequestradas voltem e que a guerra acabe. O esporte é um privilégio agora.

Em termos esportivos, como sua equipe está se preparando?

– Um dos nossos melhores jogadores está lesionado. Ainda não sabemos se ele vai se recuperar a tempo para a série. É claro que o Canadá é uma equipe muito melhor do que a nossa. A classificação deles fala por si. Eles são os grandes favoritos, mas vamos dar o nosso melhor. Isso é esporte e tudo pode acontecer, embora saibamos que o Canadá é o favorito para esta partida.

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