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A despedida de Djokovic em Melbourne? “Será algo grandioso”, afirma o diretor do Aberto da Austrália

Craig Tiley Novak Djokovic
Craig Tiley and Novak Djokovic in Melbourne
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NOVA YORK – Roland Garros prestou uma grande homenagem a Rafael Nadal, seu maior campeão, e o Aberto da Austrália quer fazer o mesmo com o seu. Quando Novak Djokovic decidir se aposentar, Melbourne organizará uma grande despedida em sua homenagem.

“Tudo o que posso dizer… é que será algo grandioso”, disse Craig Tiley, diretor do Aberto da Austrália, à CLAY em uma entrevista também publicada na RG Media.

“No entanto, espero que ainda demore muito tempo. Ele ainda está jogando em um nível extremamente alto. Quando chegar a hora… temos algumas ideias. Seria prematuro compartilhá-las agora. Não vejo Novak se aposentando tão cedo”, disse o sul-africano, que, como líder do torneio, testemunhou os dez títulos de Djokovic lá – um recorde histórico no circuito masculino.

Desde 2006, Tiley está no comando do Aberto da Austrália, transformando-o no chamado Happy Slam – um espetáculo que prioriza os fãs, conhecido por sua inovação, atmosfera e instalações premium. Além de seu papel como diretor do torneio, ele também é CEO da Tennis Australia, e um dos administradores mais influentes do esporte.

Em Nova York, durante o US Open, Tiley também contou à CLAY sobre o que torna seu trabalho gratificante, os desafios mais difíceis que enfrentou, sua relação especial com lendas como Roger Federer, Nadal, Serena Williams e Andy Murray, e compartilhou suas ideias sobre a experiência de duplas mistas no Grand Slam norte-americano: “O que eles fizeram foi fantástico. É isso que precisamos fazer no tênis – coisas mais diferentes, novas.”

Entrevista com Craig Tiley

– O que você mais te agrada em ser o diretor de um torneio tão importante?

– Tenho muita sorte de estar nessa função, é um privilégio. Adoro os relacionamentos – gestão das partes interessadas, relacionamentos com os clientes, com a equipe, tudo, mas gosto particularmente da conexão com os jogadores. É como uma grande matriz de resolução de problemas todos os dias, mas se você construir relacionamentos sólidos, vai ter sucesso.

Djokovic craig tiley
Djokovic, maior campeão masculino do Aberto da Austrália, ao lado de Craig Tiley, diretor do evento.
– E qual você diria que é a parte mais difícil desse trabalho?
– Não há nada que eu não goste, mas o difícil é quando você tem que tomar uma decisão em que duas pessoas têm desejos diferentes. Além disso, quando há uma crise e toda a nossa equipe fica sob muita pressão. Ao longo de três semanas, sempre vai surgir alguma coisa.
– Qual foi o maior desafio com o qual você teve que lidar?

– A COVID, com certeza. Tivemos os lockdowns, toda a situação com os vistos e as vacinas, esse foi o maior desafio. Além disso, tivemos incêndios florestais que tiraram o protagonismo do evento. Chuva suja e tempestades de poeira, então muita bagunça no evento. Ventos fortes, vários dias de calor extremo, chuvas de verão… Há muitas variáveis, e isso é o que mais nos desafia.

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– Com quais jogadores você teve um relacionamento mais próximo e especial durante esses anos como diretor do Aberto da Austrália?

– Eu acompanho a trajetória deles desde que eram crianças – Roger e Rafa, além de Serena e Novak. A personalidade deles fora das quadras é brilhante. Não importa o que o público diga sobre eles, se for negativo, eu nunca concordo, porque meu relacionamento com esses quatro jogadores sempre foi brilhante. Tenho profundo respeito por eles e pelo que conquistaram. Andy Murray também conquistou grandes coisas. As irmãs Williams sempre foram especiais para mim por causa do que fizeram pelo esporte feminino.

Todos vimos a incrível cerimônia de despedida de Nadal em Roland Garros. Muitos se perguntam: o que acontecerá na Austrália quando Djokovic eventualmente se aposentar? Como você imagina esse momento?

– Tudo o que posso dizer é que será em grande estilo. Espero que ainda demore, claro. Ele é um grande jogador e eu gostaria de vê-lo competir por mais tempo. Ainda está jogando em alto nível. Quando chegar a hora… temos algumas ideias. Seria prematuro compartilhá-las agora. Não vejo o Novak se aposentando tão cedo. Ele está no auge do seu jogo. Estamos mais focados em fazer de 2026 um grande evento. O US Open fez um trabalho brilhante, um evento realmente bom, e nós queremos elevar a barra ainda mais.

– Você pensa em adotar o mesmo formato de duplas mistas que vimos no US Open?

– Com certeza. Posso dizer que 50% da experiência será diferente. Esse é o nosso objetivo. Os fãs vão gostar, mas também haverá muita coisa diferente para os jogadores.

 

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– Você pensa em adotar o mesmo formato de duplas mistas que vimos no US Open?

– Achei que foi ótimo. Não vamos fazer isso porque temos outras coisas acontecendo no período, mas o que eles fizeram foi fantástico. É isso que precisamos fazer no tênis: coisas diferentes e inovadoras. Homens e mulheres jogando juntos é uma ótima oportunidade para mostrar isso. Temos a United Cup, que são dez dias de tênis misto, e esse é o nosso evento principal quando se trata de homens e mulheres jogando juntos.

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Você concorda que os Grand Slams são, essencialmente, eventos de três semanas agora?

– É isso que os fãs querem, eles querem entretenimento. E dá para ver que funciona. As apostas são altas, a concorrência é enorme, os prêmios também. Nós respondemos ao que os fãs querem, e isso é algo que precisamos fazer ainda mais.

– Para finalizar, uma pergunta mais ampla: como você busca reunir todos os principais jogadores do tênis para o bem do esporte?

– Acho que isso tem acontecido mais agora. Estamos tendo mais conversas e veremos muito mais disso nos próximos meses e anos. Acho que a voz dos jogadores precisa ser mais forte para o futuro do esporte.

 – E como eles podem fortalecer essa voz?

– Tendo mais união e conversando mais. É difícil para eles porque estão competindo, mas se houver uma oportunidade… Sempre defendi os jogadores e acho que precisamos conversar porque há vantagens para o nosso esporte. Isso beneficiará a todos nós.

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